Orquestras de Guarulhos realizam primeiro espetáculo na nova sede

Foto: Eduardo Calabria/Prefeitura de Guarulhos

A estreia da nova sede das orquestras de Guarulhos, que aconteceu no último domingo, 1.º, foi marcada por muita emoção. Agora sediadas no Teatro Padre Bento, as orquestras apresentaram o espetáculo “As Quatro Estações”, com obras-primas de Heitor Villa-Lobos e Richard Strauss.

Na ocasião, a chegada dos instrumentistas da Gru Sinfônica e da Orquestra Jovem à nova casa se deu pela entrada principal da plateia, tradição no meio sinfônico quando um espaço se torna referência para um conjunto orquestral.

Além das orquestras, o complexo do Teatro Padre Bento também vai abrigar o corpo artístico da Banda Sinfônica Municipal de Guarulhos, coordenada pelo maestro Marcelo Mendonça, e a Roda de Choro do Samuka, coordenada pelo professor JG, que o utilizarão para ensaios, apresentações e pockets.

“A decisão de trazer as orquestras para esse espaço objetiva impulsionar as atividades artísticas e musicais em regiões descentralizadas. O Padre Bento é um teatro histórico e sua intensa utilização vai nos permitir fazer melhorias e revitalizações para receber o público de forma cada vez melhor”, comemorou Professor Jesus, secretário de Cultura.

O próximo espetáculo já tem data marcada. No dia 29 de maio, às 17h, a Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos volta ao Teatro Padre Bento para concerto da série “Nossa Gente” e convida ao palco o artista guarulhense Victor Cali e o grupo As Despejadas, também da cidade.

O concerto

Nesse espetáculo da série “Convidados Especiais’ as orquestras da cidade trouxeram a soprano Tati Helene ao palco para interpretar o ciclo das “Quatro Últimas Canções”, peças do alemão Strauss compostas em 1948, e as canções de “A Floresta do Amazonas”, do brasileiro Villa-Lobos.

A apresentação desse espetáculo com a combinação das obras de Strauss e Villa-Lobos oferece ao público um novo panorama para essas produções, um encontro marcado por peças de dois grandes compositores do século XX, escritas numa mesma época e interpretadas por uma solista”, observou o maestro Emiliano Patarra, regente das orquestras.

A abertura com “As Quatro Últimas Canções”, de Strauss, mostrou ao público obras escritas na perspectiva de uma despedida. Aos 84 anos, já no fim da vida, o alemão se debruçou sobre composições leves e cheias de musicalidade, que evocam a beleza dos apetrechos sonoros, dados tanto pelos instrumentos da orquestra quanto pela profundidade vocal alcançada pela soprano.

“As Quatro Últimas Canções” foram compostas em 1948 e estão entre as últimas peças de Richard Strauss. O compositor não viveu para ouvir sua obra apresentada e, poucos anos após sua morte, tais canções já haviam se tornado das mais famosas peças do repertório lírico mundial.

Fonte: https://cutt.ly/FGFzCM3 

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