
Após a identificação na cidade de São Paulo do sorotipo 3 do vírus da dengue, ausente no Brasil por mais de 15 anos, Guarulhos intensificou as ações preventivas contra o mosquito Aedes aegypti para evitar uma possível epidemia.
O poder público emancipou alertou a população para que elimine recipientes propensos ao acúmulo de água parada em seus quintais e reforça a importância de receberem os agentes de combates às endemias nas residências para orientações e identificação de possíveis criadouros.
Em 2023 Guarulhos registrou 1.825 casos de dengue, caracterizados pela presença dos sorotipos 1 e 2 circulando em todas as regiões do município. Comparativamente aos registros de casos positivos em 2022, que foram 1.066, observou-se um alarmante aumento de 72% na incidência da doença. Neste ano a cidade já registrou 41 casos, sendo que análises estão sendo feitas para identificar os sorotipos em circulação. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação na semana que passou.
A equipe intersetorial do Comitê de Arboviroses de Guarulhos enfatizada a máxima “Sem criadouro, sem mosquito”, que envolve a conscientização da população sobre a importância de evitar água parada em recipientes, cobrir adequadamente tanques, manter a limpeza de calhas, descartar lixo corretamente e cuidar de bebedouros de animais. Recomenda-se, ainda, a remoção frequente de folhas e cascas em quintais arborizados, impedindo a formação de criadouros naturais.
Tais medidas são necessárias pois 75% dos locais de reprodução do mosquito estão localizados dentro e nas proximidades das residências. O poder público destaca, dessa forma, a importância de receber os agentes de combate a endemias e comunitários de saúde, que identificarão os possíveis criadouros.