
As orquestras Gru Sinfônica e a Orquestra Jovem estão de casa nova, agora localizada no Teatro Padre Bento, no Jardim Tranquilidade. E para celebrar, no dia 1.º de maio, domingo, às 17h, acontece um espetáculo de estreia da sede. Juntas, as orquestras interpretam obras-primas de Heitor Villa-Lobos e Richard Strauss.
Nesse concerto da série Convidados Especiais, as orquestras da cidade trazem a soprano Tati Helene ao palco para interpretar o ciclo das Quatro Últimas Canções, peças do austríaco Strauss compostas em 1948, e as canções de A Floresta do Amazonas, do brasileiro Villa-Lobos.
“Ao mover as atividades das orquestras para esse espaço de tamanho potencial, contribuímos para a descentralização da atividade artística e cultural da cidade e também para a revitalização de espaços, tal qual o Teatro Padre Bento, que merecem utilização mais intensa”, explica o vice-prefeito e secretário de Cultura, Professor Jesus.
Estacionamento, acústica privilegiada e capacidade de 350 lugares são algumas das vantagens que o Teatro Padre Bento oferece ao público, um dos mais belos da cidade e palco de atividades culturais gratuitas para toda a comunidade.
Historiadores contam que o Jardim Tranquilidade foi construído por famílias, lideranças, empresários, comerciantes, trabalhadores, entidades religiosas, sociais e esportivas e, sobretudo, por amigos.
Após o fechamento do complexo do Sanatório Padre Bento, que abrigava doentes de hanseníase, os internos curados foram recebendo alta e tratamento em suas residências, que ficavam nas redondezas do sanatório. No complexo havia igreja, campo de futebol, teatro e a caixa beneficente. Tempos depois aconteceu a abertura de ruas para o público.
De acordo com o maestro das orquestras de Guarulhos, Emiliano Patarra, o cenário histórico, suas memórias e a beleza de um dos espaços públicos mais cativantes da cidade combinam com o trabalho realizado pelas orquestras no que diz respeito à busca constante para difundir o repertório clássico ao mesmo tempo em que faz grandes incursões em novas composições e intérpretes.
Um programa de ampla atividade orquestral torna-se cada vez mais incorporado à cidade à medida que as atividades sinfônicas ganham sede própria, a exemplo das filarmônicas de Viena e Berlim e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) cuja sede é a Sala São Paulo, que têm seus trabalhos engrandecidos por conta de seus locais de apresentação.
“Dotar as orquestras de Guarulhos de uma sede própria é assumir que elas precisam muito mais que um lugar físico, mas também um local que seja referência para o desenvolvimento de suas atividades”, pontua Patarra.
Fonte: https://cutt.ly/mF9Np2W